O Turismo no Espaço Rural constitui uma atividade geradora de desenvolvimento económico para o mundo rural quer por si só, quer através da dinamização de muitas outras atividades económicas que dele são tributárias e que com ele interagem. Nas zonas rurais, onde esta atividade se tem desenvolvido com maior impacto, é já possível constatar a contribuição positiva para a melhoria da economia rural. Esta melhoria pode ser expressa quer em termos financeiros, quer pelo contributo para:
Estudos no âmbito do Turismo Rural
O turismo rural não é um fenómeno acidental ou temporário, mas antes resultado da evolução do modelo de sociedade em que vivemos.
Em termos gerais, os indicadores apontam para um crescimento regular da procura desta atividade, por parte de uma clientela culta, com poder económico superior à média, exigente de qualidade, de genuinidade e em busca das diferenças que o tornam atraente face às restantes modalidades de turismo.
É possível isolar os principais fatores-chave que suscitam e continuarão a suscitar o desenvolvimento de uma procura crescente:
O 1º "Workshop Inovar na Região do Douro", realizou-se no dia 6 de Junho no Auditório Municipal de Moimenta da Beira, promovido pela DGADR, com o apoio da Câmara Municipal de Moimenta da Beira e colaboração da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e da Casa de Campo dos Moinhos da Tia Antoninha.
A sessão de abertura contou com a presença do:
Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira
Diretor-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Diretor da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte
Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
O workshop dividiu-se nas seguintes sessões:
Sessão I - Inovação - Da Ideia ao Projeto - Moderador: José Portela (UTAD)
Apresentação das Conclusões do Projeto RAPIDO
Dra. Lívia Madureira Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)
Apresentação de casos inovadores
Moinhos da Tia Antoninha
Ervas Finas
Montes de Encanto
Micoplant Micologia Aplicada Lda.
Sessão II - Inovação na Região do Douro: Oportunidades e Desafios - Moderador: Maria Custódia Correia DGADR
Painel:
Estrutura de Missão para a Região Demarcada do Douro
Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte
Beira Douro - Associação de Desenvolvimento do Vale do Douro
Constituído ao mesmo tempo por elementos materiais e imateriais, o mundo rural possui um património cultural, edificado, natural e paisagístico de infinita riqueza. Este património, que urge preservar, funciona igualmente como motor de desenvolvimento do território em que se situa. Reconhecer o valor do passado, proteger e valorizar o património rural, torná-lo conhecido, acessível e interativo com as populações rurais é uma tarefa indispensável à manutenção dos equilíbrios ecológicos, à preservação da autoestima e do desenvolvimento económico, social e cultural. Esta tarefa incumbe, não só às instituições oficiais e entidades privadas ligadas ao setor, mas também às populações que deverão ter orgulho no património existente no seu território.
Em 2009 a DGADR resolve publicar o Guia de Observação do Património Rural (pdf), que já vinha preparando há cerca de dois anos. Este trabalho consiste numa adaptação à realidade nacional do "Guia Europeu de Observação do Património Rural", elaborado e adotado pelo Comité dos Altos Funcionários da Conferência Europeia dos Ministros do Ordenamento do Território (CEMAT), aquando da sua 13ª sessão, o qual se inspira nas disposições da Recomendação Rec. (2002) 1 do Comité dos Ministros dos Estados Membros sobre os princípios diretores para o desenvolvimento territorial sustentável do continente europeu.
Passada mais de uma década, a DGADR tem em preparação o “Guia do Património Rural 2020”, trabalho que se foca em temáticas-base, como a recolha e tipificação do património rural, a valorização e a salvaguarda. Este novo guia, a disponibilizar em breve, tem como objetivo estratégico a criação de condições para que o Património Rural, para além de objeto de observação, fruição e preservação, seja assumido e utilizado como fator importante na criação de valor no território pelos agentes locais de desenvolvimento e residentes, designadamente nos territórios rurais. Visa também fornecer ferramentas que permitam aos agentes dos territórios rurais realizarem inventários patrimoniais nas suas zonas de interesse ou até solicitarem às entidades competentes o registo e posterior classificação de evidências patrimoniais que considerem importantes e/ou que necessitem de salvaguarda urgente. Tem ainda o propósito de sensibilizar o leitor para a riqueza e diversidade patrimoniais do nosso País rural.
Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (PCI)
A única forma de proteção legal do PCI juridicamente válida a nível nacional consiste na inscrição de uma expressão imaterial no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, o que decorre do quadro legal instituído pela Lei de Bases do Património Cultural, desenvolvido pelo Decreto-Lei n.º 149/2015, de 4 de agosto, que institui o Regime Jurídico para a Salvaguarda do PCI.
Desde 2011, a inventariação do PCI realiza-se com recurso a uma base de dados em linha de acesso público, universal e gratuito, o Matriz PCI, sistema de informação pioneiro a nível internacional, que suporta e promove a realização do procedimento de proteção legal do património cultural imaterial, de forma integralmente desmaterializada, com recurso exclusivo às tecnologias da informação.
Enquadramento
Em Portugal tem-se verificado um incremento significativo das atividades relacionadas com a exploração de cogumelos silvestres, vistos como uma fonte de rendimento suplementar para os agricultores e populações locais. Tem-se constatado um aumento da procura deste recurso em diversas vertentes nomeadamente gastronomia, turismo e indústria farmacêutica.
Este facto tem provocado a afluência indiscriminada de pessoas aos espaços florestais, a invasão das propriedades privadas e a utilização de métodos de colheita desadequados (a recolha é feita de forma aleatória e desregrada) que podem ameaçar a sobrevivência deste recurso e o equilíbrio ecológico dos habitats assim como comprometer a segurança alimentar dos consumidores.
Projetos
Projeto “Promover os Recursos Micológicos”
A Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), através da Equipa de Promoção e Desenvolvimento dos Territórios Rurais (EPDTR) (atual DDAAFA: Divisão da Diversificação da Atividade Agrícola, Formação e Associativismo), considerando muito relevante o tema dos "Cogumelos Silvestres", propôs à AFN (Autoridade Florestal Nacional), atual ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), o desenvolvimento em parceria do Projeto "Promover os Recursos Micológicos", o qual foi aceite.
Este projeto teve apoio financeiro através do Programa da Rede Rural Nacional — FEADER (Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural), no que respeita à edição e divulgação do “Manual de Boas Práticas de Colheita e Consumo de Cogumelos Silvestres” e “Guia das Espécies Comestíveis com Interesse Comercial em Portugal”.
Obteve ainda apoio financeiro do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural), FEADER, nas ações de formação para técnicos e formadores e do POPH (Programa Operacional Potencial Humano) – FSE (Fundo Social Europeu), no que respeita às ações de formação para coletores.
Ficha do projeto
Saber mais: “Documento de Referência”
Produtos do Projeto
Despacho n.º 7161/2015, de 30 de junho
Cria os cursos de formação profissional na área da micologia.